Ah muito eu não via o ‘Aquele que não pode ser mencionado’ e quando eu o vi foi da maneira mais dolorosa que eu pude imaginar.
Depois de uma madrugada de bebidas, Rock, risos e beijos; tive uma manhã boa. Uma manhã de bom humor e tranqüilidade. Tinha um almoço marcado com os meus melhores amigos e depois iria para casa dormir um pouco e depois ir para aula de dança. Era tudo o que eu tinha em mente. Mas como nem tudo sai como o planejado... Às vezes acho que os céus brincam com os planejamentos. Porque tudo que é planejado sempre tem um pequeno/grande imprevisto ou nada sai como você planejou.
Depois de sair 30 minutos mais cedo do trabalho, vou buscar as amigas em casa e contar os fatos da noite anterior. Com muitos risos e etc., vamos para onde nos esperam. Depois de comer, rir, falar besteiras, reclamações, fotos no estacionamento e mais lazeiras fomos a um evento de Anime.
Eu não poderia me sentir melhor do que eu estava. A muito não me sentia tão bem. Nem se quer lembrava da existência ‘dele’. E muito menos tinha a desconfiança de que ‘Quem rir de mais, acaba chorando no final’. Quase sempre levei essa desconfiança comigo. Mas acho que de tanto ser triste acabei-me por esquecer essa desconfiança.
Voltando ao evento. Desenhos lindos pregados na parede, um cinema com filmes japoneses, vídeo clipes de bandas japonesas, sala de jogos, cosplays, bonecos de personagens de animes e até uma banda. Eu REALMENTE estava me sentindo ‘em casa’ e SUPER bem. Eu não poderia pedir mais. Mas, como na vida nem tudo são flores... Depois de nos despedirmos de metade do grupo, recebo uma mensagem de uma das amigas da qual acabo de me despedir dizendo “Aquele que não pode ser mencionado chegou” ou algo assim, não me lembro bem. O que importa é o aviso. Depois da mensagem a ligação da mesma amiga dizendo que ele tinha chegado com uma menina. Meu sorriso se desfez na mesma hora. Foi como se a minha alegria tivesse evaporado. Eu nem sequer sabia se respirava nesse momento.
Quando eu o vi entrando, foi como se não tivesse mais ninguém ao meu redor, o mundo girou de vagar e o tempo demorou a passar. Tudo parecia estar se movimento devagar. Tem uma parte da minha mente que apagou. Depois de o ver entrando de mãos dadas, eu não lembro quando passamos dele e chegamos até outra parte onde tocaria uma banda. Só me lembro de ter sentado em um banco com uma amiga. Não lembro o que ela me disse ou da expressão dela. Só me lembro de ter o visto chegando perto com ela. Cumprimentou as minhas amigas e a mim, com um aperto de mãos e beijo no rosto. Minha voz quase não saiu. Quando percebi que ele a estava abraçando, decidi que não queria mais ficar ali. Não iria suportae mais do que já tinha suportado.
Olhei no olho da amiga mais próxima e disse que queria ir embora. Fiquei alguns segundos sentada, para voltar do transe e me levantei com toda a força que eu pude encontrar dentro de mim. Passei por ele e disse algumas palavras para minhas amigas e virei de costas sem me despedir dele ou se quer olhar para a garota. Coisa que só percebi alguns minutos depois.
Não sei o que se passou pela minha cabeça daí em diante. Só sei que sentia uma dor absurda. E que não tinha forças nem pra falar. Precisei ficar um tempo sozinha. Então tudo que pude fazer foi deixar minhas amigas em casa e voltar pra minha casa. Algumas lágrimas escorriam, mas eu me recusava a chorar mais.
Fui dançar, era tudo o que eu podia fazer por mim naquele momento. Mas não adiantou muito. A vontade de chorar me venceu e sai de lá sem saber pra onde iria. No meio do caminho me toquei que não dava pra ficar sozinha. Voltei para a casa das minhas amigas tendo um choro desesperador.
Só com o conforto delas que eu pude voltar a ficar calma. Mas estou até agora tentando ficar tão quanto estava antes desse episódio ruim acontecer. Ainda não perdi a esperança de ficar bem e nem vou perder mais. Voltei a ter esperança que posso voltar a ter uma vida normal.